terça-feira, 16 de outubro de 2012

POLÍTICA: PT pressiona por apoio ao governo de Eduardo Campos



 Por Ayrton Maciel (NE10)


Atônita, insegura e passiva quanto ao futuro imediato do partido, após a derrota eleitoral para o aliado PSB no Recife – que ainda deixou a legenda em terceiro lugar no pleito –, a bancada do PT na Assembleia Legislativa está decidida, entretanto, a permanecer na base de apoio do governo Eduardo Campos (PSB), rejeitando a ida para a oposição. Deputados cobraram do PT estadual a autocrítica do processo de indicação do candidato a prefeito, para reconhecer erros e buscar a recomposição da legenda, além de aguardar os resultados do segundo turno no País, antes de discutir o seu futuro em Pernambuco.
O deputado André Campos, todavia, radicalizou com uma ameaça: “Se o PT for para a oposição, eu fico na base de Eduardo sob qualquer hipótese. Não aceito nem posição de independência”, adiantou. Campos está no PT há dez anos e nega a possibilidade de sair.

A deputada Teresa Leitão defendeu também a permanência na base do governo – a Frente Popular na Assembleia – e alertou que uma tomada de posição agora pela oposição “racharia ainda mais o partido”. Um outro obstáculo para esse caminho, segundo Teresa, é que embora o PSB tenha dito que a disputa do Recife era municipal, “houve o componente da nacionalização”, o que obriga o PT a esperar os resultados do segundo turno, quando petistas e socialistas vão disputar em várias cidades.

“Se não houver uma unificação no PT, pode dar nisso: um deputado ficar contra a decisão do partido. Além do que, o PT tem um projeto nacional com o PSB. Como vai ficar a relação de Eduardo com a presidente Dilma pós segundo turno? Depois de se resolver tudo isso é que se pode falar em ficar ou sair da base do governo”, ponderou. Teresa, adiantou, porém, que na Câmara do Recife o PT “não vai compor” a base do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB). “Teremos uma posição de independência, não uma oposição radical”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário